Dentro dos diversos tipos de especialização da Odontologia, a Endodontia é um deles. Essa área é conceituada como a especialidade da odontologia, responsável pelo estudo da polpa dentária, de todo o sistema de canais radiculares e dos tecidos periapicais, bem como as doenças que o afligem.
Com o objetivo de trazer mais conhecimento aos alunos, principalmente para aqueles que se identificam e gostam dessa especialidade desafiadora, no dia 29 de outubro, a Liga Acadêmica de Endodontia - LAENDO-, representada pela presidente, Isabella Dias e Layanny, vice-presidente, promoveu a Aula Inaugural de Endodontia, mediada por Fillipe Mendes e ministrada pelo professor e Cirurgião-Dentista, Doutor José Maurício Paradella de Camargo.
O evento trouxe como principal temática, a utilização das novas tecnologias na endodontia, abordando também, alguns trabalhos realizados pelos profissionais e estudantes de endodontia.
Inicialmente, Camargo destacou alguns pontos importantes, que todo profissional deve valorizar, para estar acima da média. “Primeiramente, ser pontual, pois, respeitar um horário estabelecido significa dar importância aos compromissos da outra pessoa, ser ético, ter boas relações sem invadir o espaço do outro, ter uma convivência harmônica, ser esforçado, ter postura, ter energia positiva, ser proativo, é muito importante que você saia da zona de conforto, busque conhecimento e trabalhe duro”, disse ele.
Além disso, o profissional salientou sobre algumas questões, como o valor de profissionais que fazem investimentos tecnológicos, dando visibilidade a qualidade e sucesso no atendimento. “Na Endodontia, estar preparado significa fazer investimentos, necessita de tecnologia. Então, hoje, o profissional necessita de motor elétrico, pois profissionais com trabalhos manuais estão limitados, o localizador eletrônico foraminal e ultrassom é essencial, promovem a magnificação de imagem. É como pegar um telefone de 1990 e comparar com os telefones de 2020, o que não prioriza somente o tecnológico, mas também, as melhores técnicas”, relatou.
De acordo com o cirurgião-dentista, trabalhar com a magnificação microscópica, é baseado na ergonomia, considerando os melhores padrões. “Com a modernização, o profissional trabalha no microscópio, na posição de 12 horas, com visão indireta em 100% dos casos. Já os auxiliares, conseguem enxergar a mesma imagem, através do carona, o que garante uma melhor visibilidade para ambos. E ainda, através da tecnologia, as fotos que são registradas em algum procedimento, por exemplo, são captadas pelo próprio microscópio, caso o profissional julgue necessário naquele momento importante para foto. Essa ação acontece quando o profissional aciona um pedal, e tira a foto, sem precisar que pegue algum tipo de câmera, portanto, o dentista trabalha continuamente e documenta o caso”, ressaltou.
Deste modo, o uso do motor elétrico, microscópio, monitor multiparâmetro para monitorar o paciente, sensor digital e os sistema de documentação, contribui para um melhor procedimento, com qualidade e eficácia.
Em relação a um estudo, realizado pela Griffith University da Austrália, publicado
no Journal Dental for Education, Camargo relatou sobre uma grande diferença existente em dois tipos de procedimentos endodônticos. “Nos estudos, o professor da universidade dividiu os alunos da pós-graduação em dois grupos, para mostrar o impacto da magnificação de lupa e performance dos alunos no seu primeiro uso. O primeiro laboratório fez cirurgia de acesso sem lupe, e outro com lupa. Feito o atendimento, foi de grande notoriedade, a melhor qualidade de um procedimento efetuado com lupa. A literatura mostra que sem magnificação, tem-se 65% de sucesso, o que é bastante baixo, comparado com o de magnificação que possui 97% de sucesso. Isso significa que a minha microcirurgia contém um índice de melhor e mais favorável”, reforçou.
Ele finalizou deixando uma mensagem para os profissionais da área. “Esteja preparado, pois, nossa vida profissional é uma competição, não fique para trás,